Publicado em: 16 de maio de 2018
O Sindicato dos Funcionários do Judiciário do Estado do Pará (SINDJU-PA) convoca os servidores a participarem de manifestações por todas as comarcas do Pará nesta quinta-feira, dia 17, às 9h. Estão previstas manifestações em várias comarcas como no Fórum Cível de Belém, Ananindeua, Marituba, Santa Izabel, Castanhal, Ourilândia do Norte, Marabá, Santarém, Curralinho, Mocajuba, Garrafão do Norte, Altamira, Benevides, Parauapebas e Itaituba. Neste horário a diretoria do SINDJU-PA estará reunida com o presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJE-PA), Ricardo Ferreira Nunes, e o vice-presidente, Leonardo Noronha Tavares, na sede do TJE na avenida Almirante Barroso, para receber última proposta da administração para as reivindicações da categoria.
Os servidores estão mobilizados e aderindo cada vez mais ao movimento ReaJusto Já!, organizado pelo SINDJU-PA, que busca repor as perdas acumuladas da categoria nos últimos anos. Além da mobilização na capital, os servidores têm realizado manifestações e assembleias nas comarcas do interior aprovando o Estado de Greve, como aconteceu em assembleia em frente ao Fórum Cível em Belém, no dia 4 de maio de 2018. No início de maio, a categoria rejeitou por unanimidade a proposta da administração de 2,89% de reposição da inflação e aumento de apenas R$ 50 no auxílio alimentação. O Estado de Greve significa que, caso a Administração permaneça intransigente quanto a sua posição, a categoria poderá entrar em greve. A proposta defendida pelo SINDJU-PA é de reajuste de 13,72% e aumento de R$ 200,00 no auxílio alimentação.
De acordo com a vice-presidente do SINDJU-PA, Danyelle Martins, o objetivo nesta quinta-feira é demonstrar a força da categoria. “A intenção da mobilização é mostrar a indignação da categoria com as propostas até então apresentadas pela administração, como também demonstrar a coesão, sincronia e capacidade de organização dos servidores”, enfatizou. A possibilidade de que os servidores entrem em greve dependerá da proposta que a administração apresentar. “A greve será utilizada em último caso. Sabemos que a imagem do judiciário vem se desgastando nos últimos anos e entendemos que uma greve neste momento faria com que a sociedade visse com maus olhos a disposição da administração do TJE-PA, que dispensa aos seus trabalhadores um tratamento injusto no que diz respeito à remuneração, uma vez que os vencimentos dos servidores do judiciário vêm sendo rebaixados pela inflação e a administração se nega a corrigir essa corrosão desde 2016”, adiantou.
Martins também destacou que no TJE-PA a realidade é a mesma do restante da sociedade em que nos momentos de crise econômica são sempre as classes mais baixas que sofrem com os cortes de gastos e arrocho salarial. “Além do mais, é sabido que o discurso da crise atinge apenas o baixo escalão do poder judiciário, pois as verbas destinadas ao segundo grau, bem como a quantidade de assessores, assistentes, chefes de gabinete e estagiários lotados nos gabinetes de desembargadores é intocável. Por esse motivo, caso não haja avanço a contento da categoria, os servidores não deixarão de se utilizar do seu direito constitucional da greve para ver a justiça ocorrer dentro do Tribunal de Justiça do Estado do Pará”, garantiu.