» Servidores adiam deflagração da greve, mas mantém Estado de Greve para aguardar decisão das perdas salariais em agosto
Publicado em:
28 de junho de 2018
Os servidores do judiciário paraense decidiram ontem suspender o indicativo de greve agendado para esta quinta-feira, dia 28, para aguardar a discussão com a administração do Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJE-PA) no início de agosto acerca das perdas salariais de 2015-2016, conforme assegurado pela administração, em documento assinado pelos atuais presidente e vice-presidente, divulgado no portal oficial do Tribunal, e prometido em reunião aos representantes dos servidores. Apesar de adiar o início da greve por tempo indeterminado, a categoria manteve o estado de greve. Diversas assembleias gerais foram organizadas pelo Sindicato dos Funcionários do Judiciário do Estado do Pará (SINDJU-PA), além da Região Metropolitana de Belém, em comarcas do Estado do interior como Altamira, Castanhal e outras. Caso não haja nenhum avanço na resposta da administração em agosto, uma nova assembleia será realizada para definir data para deflagração da greve por tempo indeterminado.
As assembleias aconteceram durante a quinta e última paralisação agendada pela categoria no mês de junho. De acordo com o presidente do SINDJU-PA, Thiago Lacerda, o movimento continuará mobilizando a categoria em todo o Estado e caso não haja nenhum avanço na resposta até a data indicada pela administração, a categoria reunida em assembleia definirá a data para início da greve por tempo indeterminado. “A categoria deu um voto de confiança à Administração do TJE-PA, mas irá continuar mobilizada para o caso de resposta negativa quanto ao reconhecimento das perdas salariais”, enfatizou Lacerda.
Neste período, o sindicato irá ampliar a adesão a mais comarcas e fortalecer aquelas que já estão mobilizadas. A entidade destaca ainda que a categoria não abre mão da reposição das perdas. Para a vice-presidente do SINDJU-PA, Danyelle Martins, mais uma vez a categoria demonstra que está aberta ao diálogo. “Temos que valorizar a atitude honrosa da categoria em aguardar a reunião com a presidência para então, caso não haja o reconhecimento das perdas, paralisar definitivamente. Não aceitamos que a presidência apenas reconheça que deve se puder pagar. A dívida é indiscutível, a capacidade de pagamento é outro assunto. Ainda mais quando sabemos que existem condições de pagar”, disse.