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» Seminário no CJF discute arte e Justiça

Publicado em: 24 de setembro de 2018



Ministro João Otávio de Noronha fala no seminário Direito, Justiça e Arte.

O Centro de Estudos Judiciários do Conselho da Justiça Federal (CEJ/CJF) promoveu na manhã desta segunda-feira (24) o seminário Direito, Justiça e Arte – influências recíprocas, que reuniu operadores do direito que compartilham a vocação para atividades artísticas. O objetivo do encontro, realizado na sede do CJF, em Brasília, foi estimular a percepção de como as diversas modalidades artísticas podem influenciar a formação do direito e a aplicação das normas jurídicas, ao mesmo tempo em que são influenciadas por elas.

O evento – que contou com a presença do presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do CJF, ministro João Otávio de Noronha – é um dos que marcam a despedida do corregedor-geral da Justiça Federal, ministro Raul Araújo, à frente da direção do CEJ.

Para Noronha, o seminário integra as várias percepções da vida cotidiana com as atividades judicantes. “A ideia do ministro Raul de realizar o evento foi fantástica, porque, até então, ninguém tinha tido essa ideia de trabalhar direito, Justiça e arte. Esse seminário simboliza a abertura da discussão da arte dentro da Justiça Federal, e, quiçá, possamos agora, como protagonistas, trazer esse debate para toda a magistratura nacional”, disse.

Raul Araújo declarou que essa discussão é de grande importância para a ampliação da visão de mundo dos magistrados, pois, partindo das premissas da inovação, apresenta as várias mudanças vivenciadas pela humanidade.

“A ideia desse congresso cultural foi prontamente abraçada pelo CEJ, na certeza de que estaremos trazendo à reflexão questões oportunas de alta relevância para o momento de transformações que a sociedade contemporânea atravessa, com significativos impactos no direito e nas instituições que nele se apoiam – como o Poder Judiciário – e nos profissionais que a ele se dedicam, bem como nos que com ele se relacionam: advogados, defensores, membros do Ministério Público e, também, na comunidade de jurisdicionados”, afirmou o ministro.

“Nesses tempos de automação, intensificando a massificação das relações sociais, não se deve perder de vista que todas as modificações pelas quais o mundo vem passando têm como centro, e motivação maior, o ser humano”, destacou o coordenador-geral do evento.

Mesa-redonda

Após a abertura do encontro, uma conversa descontraída reuniu os juízes federais Marcos Mairton (coordenador-científico do seminário), Márcio Maia, Ivan Lira e Laís Leite. Os temas abordados giraram em torno da relação do direito com a música, a literatura e o cinema.

Também prestigiaram a conversa o professor de direito Daniel Giotti de Paula, o cineasta Márcio Del Picchia e o advogado e músico Ricardo Bacelar. Segundo os organizadores, o contato com as artes é muito importante para a atuação profissional, fazendo-a mais sensível e mais humanizada. O encerramento do Seminário Direito, Justiça e Arte – influências recíprocas foi marcado por uma série de atividades, entre elas a inauguração do Centro de Memória do Conselho da Justiça Federal; apresentação do Espaço Arte, sob orientação do artista plástico Valdério Costa; lançamento da Ação Valer – iniciativa de fomento ao hábito de leitura; e, por fim, a participação da atriz Karla Karenina e apresentação de MPB com a juíza federal Laís Leite e banda.


Fonte:STJnotícias


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