Publicado em: 6 de junho de 2018
O último dia do Fórum IBGP de Governança de TI, realizado no auditório do Superior Tribunal de Justiça (STJ), reforçou entre as autoridades, gestores e servidores participantes do evento a necessidade de se praticar governança no setor público. O titular da Secretaria de Tecnologia da Informação e Comunicação do STJ, Rodrigo Carvalho, foi o responsável pelo painel “Como TI pode auxiliar na implantação da governança corporativa em organizações públicas”.
Ao lado dele, no período da manhã, participaram das discussões o presidente da Dataprev, André Magalhães; o secretário de TI da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Gustavo Sanches, e o mediador Cláudio Cruz, que representou o Instituto Brasileiro de Governança Pública (IBGP), promotor do evento.
Há 18 anos no STJ, Rodrigo Carvalho falou sobre os desafios da implantação da governança. “O tribunal era considerado um órgão maduro em relação ao seu planejamento estratégico, mas ter um planejamento estratégico não significa ter governança”, alertou. Ele destacou também o papel da TI no processo de modernização da gestão pública.
Demandas em excesso
Durante o debate, Carvalho lembrou que, no início, uma das maiores dificuldades da área de TI era atender à grande quantidade de demandas que surgia de vários setores. Os pedidos chegavam de forma desordenada e sem critérios de prioridade. Foi sob o comando da ministra Laurita Vaz, atual presidente do tribunal, que, segundo ele, foram designados servidores efetivos, com experiência nos processos de trabalho de suas unidades, para ocupar, estrategicamente, cargos de gestão.
“Com essa iniciativa, conseguimos trazer a gestão para mais perto do servidor e introduzir os princípios de governança”, disse. Por outro lado, o secretário afirmou que uma estratégia de implantação precisa ser completa. Foi então que a presidência elegeu dois representantes (a diretora-geral do STJ, Sulamita Marques, e o secretário-geral da presidência, Marcos Brayner) para que, por meio deles, a alta administração conhecesse as demandas de cada unidade, direcionando o próprio trabalho do STI e estabelecendo prioridades, de acordo com os objetivos estratégicos do órgão.
“Na verdade, tínhamos um enorme quebra-cabeças que cada área queria montar à sua maneira, deixando a TI em uma posição delicada. Dessa forma, foram criados os comitês de demandas das áreas judicial e administrativa, para que as solicitações chegassem de forma centralizada e, depois, fossem apresentadas aos representantes da cúpula administrativa”, detalhou o secretário.
Por fim, Rodrigo Carvalho ressaltou que a área de TI é um instrumento essencial para implantação dos princípios de governança corporativa nos órgãos públicos. “A TI está presente em todos os lugares de uma organização. Hoje, o que alavanca as instituições são as iniciativas relacionadas à TI. Então, se a nossa unidade consegue organizar e colocar em prática conceitos de governança, a instituição também consegue enxergar isso”, finalizou.
Fonte:STJnotícias