Publicado em: 16 de junho de 2018
A Diretoria Executiva do Sindicato dos Funcionários do Judiciário do Estado do Pará – SINDJU-PA – vem esclarecer a verdade dos fatos sobre o que foi noticiado no jornal “O Liberal” deste sábado, 16 de junho de 2018.
Cabe em primeiro lugar esclarecer que a categoria, cumprindo todos os requisitos da Lei de Greve, decidiu em assembleia geral paralisar as atividades nas quartas-feiras que antecedem o dia 28 de junho, para o qual fixou indicativo de greve por tempo indeterminado, caso não haja avanço nas negociações até lá. As paralisações realizadas já são em si mesmas o exercício do direito de greve, mas por tempo determinado, nunca tentativas.
A pauta de reivindicações é a mesma apresentada desde o começo das tratativas: reajuste salarial de 4,69% pelo que está previsto na Lei Orçamentária deste ano, 2% acordados para o segundo semestre de 2015 e não concedidos e 7,03% de perdas salariais do período de 2015-2016, podendo estes serem parcelados. Ressalta-se que através de ofício foi solicitada a retomada das negociações, o que até o momento não foi atendido, justificando a continuidade do movimento grevista.
A Diretoria esclarece, em especial, que a não participação em mutirões e esforços concentrados para atingimento de metas do Conselho Nacional de Justiça – CNJ – não é uma reivindicação, mas sim DECISÃO da categoria, tomada em assembleia, pois a sobrecarga de trabalho sem a justa remuneração, que está sendo inclusive questionada pelo SINDJU-PA no CNJ através de pedido de controle administrativo, não será mais admitida pelos servidores.
Ressalte-se que o sindicato jamais abandonou a mesa de negociação, como podem atestar as atas de reunião de discussão de data-base ocorridas este ano, pelo contrário, quem fechou as portas para a continuidade da negociação foi a Administração do Tribunal de Justiça, que de forma intransigente se recusa a reconhecer as perdas salarias da data-base 2016, quando a inflação registrada foi de 9,28% e houve apenas 2% de reposição naquele ano.
As perdas são patentes e não há qualquer argumentação que justifique o seu não reconhecimento, direito que sempre foi e continua sendo o foco do movimento paredista. Não há qualquer precipitação por parte do movimento e o direito de greve está sendo exercido dentro da legalidade e se fortalece a cada dia.
Reajusto Já ou o TJ vai parar!
SINDJU-PA firme na luta!