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» Pesquisa levantará informações sobre saúde e adoecimento de servidores no judiciário brasileiro

Publicado em: 26 de outubro de 2018



A saúde e o adoecimento dos servidores do Poder Judiciário de todo o Brasil serão pesquisadas junto à categoria. O SINDJU-PA conclama os servidores a participarem da Pesquisa Nacional de Saúde dos Trabalhadores do Judiciário que identificará de maneira científica os fatores que interferem no processo de adoecimento e o sofrimento da categoria. A pesquisa totalmente on-line pode ser feita em qualquer  computador. O estudo é importante para determinar as causas do adoecimento dos servidores, que tem se tornado cada vez mais frequentes, principalmente por transtornos mentais ligados à depressão e ao stress. A pesquisa estará disponível para participação até o dia 20 de novembro.

Clique aqui para participar da Pesquisa Nacional de Saúde dos Trabalhadores do Judiciário.

A pesquisa é uma iniciativa da Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário nos Estados (Fenajud) e da Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e Ministério Público da União (Fenajufe) com o Laboratório de Psicodinâmica e Clínica do Trabalho da Universidade de Brasília (LPCT/UnB).

O preenchimento do questionário que dura apenas 20 minutos é importantíssimo para levantar dados e informações cruciais para o estudo. No questionário o servidor responderá a perguntas, como ‘sou reconhecido pelo meu trabalho’ e ‘eu me sinto cansado com o meu trabalho’, em uma escala de 1 a 5. As respostas serão enviadas automaticamente para um banco de dados na Universidade de Brasília garantindo sigilo absoluto.  A ideia é que as respostas esclareceram os fatores que impactam de maneira positiva e negativa a saúde do trabalhador e também esclareçam um perfil sócio-demográfico da categoria como renda, idade, tempo de serviço, gênero, doenças que geraram afastamentos e tipos de tarefas desenvolvidas.

O estudo estará dividido em quatro eixos que serão: a divisão do trabalho no judiciário (condições das tarefas, condições de trabalho, número de servidores, processos de responsabilização e autonomia); identificação dos modelos de gestão (individualista ou coletivista); vivencias de sofrimento do trabalho (reconhecimento e esgotamento emocional); e o quarto identificação dos danos físicos, psicológicos e sociais nos trabalhadores.

Após a análise dos dados e estatísticas sobre os principais fatores responsáveis pelo adoecimento dos servidores será possível criar estratégias e políticas para tentar melhorar o processo de trabalho, dar visibilidade às condições de trabalho e melhorar a qualidade de vida dos servidores atuais e do futuro.

Para isso se aplicarão algumas técnicas estatísticas para entender o contexto de trabalho em cada região e Estado analisando a interferência das diferenças culturais ou institucionais que possam aumentar ou diminuir os níveis de adoecimento na categoria. A pesquisadora conta com a coordenação da especialista em psicologia social do trabalho pela Universidade Nacional de Brasília (UNB), professora Ana Magnólia Mendes.

“Hoje, no trabalho, as doenças ligadas aos transtornos mentais ligados à depressão e ao stress são a terceira causa da adoecimento no Brasil para a maioria das organizações. No judiciário há casos bastantes graves de adoecimento e patologias com situações de assédio moral, violência no trabalho, e casos de suicídio. Este agravamento é extremamente alarmante”, alerta.


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