Publicado em: 4 de junho de 2025
O Tribunal de Justiça do Pará desrespeitou a decisão soberana da assembleia da categoria e impôs um reajuste abaixo do possível e do necessário.
Foram 6% de reajuste, sendo 5,53% apenas de reposição inflacionária.
Um ganho real de apenas 0,47%, que ainda tentam apresentar como grande vitória.
Não é.
A decisão do Tribunal é ainda mais inaceitável diante da sólida situação fiscal do órgão e da crescente destinação de recursos à magistratura.
Estudos do DIEESE comprovam: o TJPA poderia ter concedido até 8% de reajuste sem ultrapassar os limites da responsabilidade fiscal.
Mas optou por manter os servidores com migalhas — enquanto abre caminho para retroativos milionários e supersalários destinados à magistratura.
Enquanto isso, seguem intocados os privilégios de sempre:
60 dias de férias por ano, folgas a cada três dias trabalhados, penduricalhos salariais, e agora, uma licença compensatória estimada em R$ 54 milhões. Tudo isso pago com dinheiro público.
A condução da data-base 2025 escancarou uma assimetria institucional grave:
A administração ignorou a resposta da assembleia geral da categoria.
Escolheu, de forma ilegítima, os interlocutores que quis para representar os servidores.
Priorizou a elite da magistratura com benefícios milionários, enquanto ofereceu apenas 0,47% de ganho real à maioria dos trabalhadores.
Enquanto os supersalários são garantidos com criatividade jurídica, os servidores têm sua valorização sistematicamente ignorada.
Se não houver união, mobilização e denúncia, não restará nenhum espaço no orçamento que não esteja a serviço dos que já têm demais.
O Sindju seguirá atuando com firmeza para garantir valorização, isonomia e justiça remuneratória no Judiciário paraense.
Vamos ampliar a mobilização e mostrar à sociedade a desigualdade que cresce dentro do TJPA.
Só há um caminho:
unir os trabalhadores e lutar.
Porque quem sustenta a Justiça não pode ser tratado como invisível.
Direção do Sindju
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