Publicado em: 12 de setembro de 2017
A campanha Setembro Amarelo pretende chamar atenção para um tema ainda considerado tabu, e tomar uma das corretas atitudes de enfrentamento ao suicídio: falar sobre o assunto! Por isso o SINDJU se une a essa corrente de solidariedade e de promoção da vida.
Como um tema tabu, uma série de mitos giram em torno do suicídio, contribuindo para dificultar sua identificação e prevenção. É comum, por exemplo, além de se evitar falar no assunto – com a justificativa de que isso aumentaria o risco, que se diga que quem verdadeiramente quer cometer o suicídio não fala sobre o assunto, e quem ameaça cometer, na verdade só está querendo chamar atenção; que a mídia é proibida de abordar o tema; que quando uma pessoa mostra sinais de melhora ou sobrevive a uma tentativa de suicídio, está fora de perigo; e que se a pessoa em algum momento da vida pensou em suicidar, correrá esse risco por toda a vida. Todas essas afirmativas são falsas.
Conhecer alguns dos sinais que podem indicar que uma pessoa, às vezes próxima a nós, está tendo ideação suicida é fundamental. Você sabia que a cada pessoa que cometeu suicídio e foi atendida na rede pública de saúde, outras 17 também pensaram em cometê-lo e que 03 tentaram? Que cada vez é maior o número de jovens nesta estatística?
Depressão, desesperança, desespero e desamparo, conhecidos como os 4D, são os sentimentos de pessoas que podem estar pensando em suicídio, e se acompanhadas de frases que expressam estes sentimentos, como: “eu não aguento mais”, “não posso fazer mais nada”, “era melhor se eu não existisse”, são mais do que suficientes para que se intervenha.
Existem medidas diferentes a adotar caso o risco seja baixo, médio ou alto, mas falar sobre o assunto é comum aos três. Oferecer apoio emocional, informar à família, focalizar em aspectos positivos e crises superadas, não julgar, explorar alternativas, e encaminhar a atendimento junto à rede de saúde, para acompanhamento psicofarmacológico e psicoterápico são exemplos de medidas a tomar.