Publicado em: 17 de maio de 2018
O Superior Tribunal de Justiça promoveu nesta quinta-feira (17) o II Fórum Aprimore STJ – Competências e governança de pessoas, com o objetivo de estabelecer um diálogo direto com representantes de instituições públicas e privadas para a troca de experiências em práticas inovadoras. As discussões encerram-se nesta sexta (18), no auditório do tribunal.
A presidente do STJ, ministra Laurita Vaz, abriu o evento, que contou com a participação de mais de 600 pessoas. Segundo ela, há mais de uma década o STJ estuda e aprimora a implantação da gestão por competências, tema em que é pioneiro no âmbito do Poder Judiciário.
“Nesta gestão, procuramos priorizar o desenvolvimento das capacidades de servidores e colaboradores da casa, para atingir maior eficiência dos serviços prestados”, declarou a presidente.
Instigar potencialidades
Segundo a ministra, a área de gestão de pessoas das entidades públicas tem buscado ferramentas de modernização que permitam desenvolver suas atividades com maior eficiência: “A ideia de organização estratégica busca a gestão por competências. Esse modelo tem como objetivos valorizar as competências profissionais e, ao mesmo tempo, instigar as potencialidades dos seus colaboradores.”
O ministro Antonio Saldanha Palheiro, que também participou da abertura, lembrou sua primeira experiência com gestão de pessoas, quando ainda trabalhava como advogado na iniciativa privada. “Externo minha alegria e orgulho de trabalhar em uma corte que se preocupa com a gestão de pessoas de forma estruturada e tecnicamente direcionada”, disse ele.
Segundo o magistrado, a grande dificuldade atual daqueles que ocupam cargos de gestão está na capacidade de entender a dimensão e a profundidade do assunto. Saldanha Palheiro abordou tópicos como trajetória do servidor, liderança eficaz, importância das relações humanas, capacidade de análise de situações, motivação, avaliação e feedback permanente.
Programação
O doutor em psicologia do trabalho Hugo Pena Brandão ministrou a palestra “Gestão por competência é um caminho para a governança de pessoas?” Gerente executivo de estratégia e governança do Banco do Brasil há 25 anos, Brandão falou sobre desafios da governança no setor público e privado, bem como os propósitos, as práticas e as premissas da gestão por competências.
No turno vespertino, a gestora do Programa Aprimore, Iraci Guimarães, apresentou o tema “Gestão por competências no STJ: procedimentos e inquietudes”. Ela defendeu a importância de se dar o primeiro passo, mesmo que as condições não se mostrem totalmente favoráveis: “Não podemos esperar que tudo esteja favorável para iniciar projetos.”
Iraci ressaltou que boas práticas de gestão por competências e de pessoas, para que atinjam seus resultados reais, devem englobar toda a instituição. “É essa ideia que estamos tentando transmitir com o tema do Aprimore: todos juntos na mesma corrente”, afirmou.
Case de destaque
Durante a apresentação de cases, o gestor de pessoas da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Renato Paiva, trouxe experiências positivas de sua instituição. Ele sustentou que, muitas vezes, o que se deve buscar é adotar estratégias de ação mais simplificadas e reforçar o sentimento de pertencimento dos colaboradores em relação à instituição que integram.
“Por mais paradoxal que isso pareça, fazer o simples dá trabalho e requer muito esforço de todos os envolvidos”, aconselhou.
Paiva disse que a criação de um espaço de convivência e a instituição de programas de voluntariado desempenhados pelos próprios empregados estão entre as iniciativas implementadas. “Também estabelecemos um dia em que os funcionários podem levar seus filhos para conhecer os locais de trabalho. Percebemos que, com essas ações, incentivamos as pessoas a vestir a camisa da CNI”, destacou.
Sem ruídos
Compuseram a mesa final do primeiro dia do fórum os servidores do STJ Luiz Otávio Borges de Moura, assessor-chefe de Modernização e Gestão Estratégica; Antônio Alves e Ricardo Marques, ambos da Coordenadoria de Desenvolvimento de Pessoas. Eles conduziram em conjunto a exposição e o debate do tema “A importância da comunicação nos processos e procedimentos de gestão de pessoas”.
“É preciso que os objetivos da instituição estejam alinhados ao máximo com os dos servidores e colaboradores. Para que isso ocorra, não pode haver ruídos na comunicação. Deve-se comunicar, de forma clara, o que deve ser feito e, mais importante ainda, por que deve ser feito”, afirmou o assessor-chefe de Modernização.
Fonte:STJnotícias