Publicado em: 6 de fevereiro de 2023
Dirigentes do SINDJU-PA, da FENAJUD e de outros sindicatos da base se reuniram, de forma remota, na última quinta-feira, 26, para debater dois temas que impactam diretamente a vida das trabalhadoras e dos trabalhadores do Poder Judiciário Brasileiro: a Resolução 481/22 do CNJ, que determina o retorno de 70% dos servidores ao trabalho presencial, e as ameaças à democracia ocorridas no ato golpista de 08 de janeiro.
TELETRABALHO
Nesta parte do evento, a Federação debateu a Resolução 481/2022 do CNJ com a mesa “quais as vantagens e desvantagens dessa modalidade para os trabalhadores?”. Em seguida, apresentaram um balanço das ações, falaram sobre a atuação das entidades e como tem sido feito o trabalho político, sindical e jurídico.
Ato contínuo, os sindicatos apresentaram propostas, votaram, e definiram encaminhamentos para serem aplicados já na próxima semana, quando haverá uma reunião no gabinete do conselheiro Ministro Luiz Philippe Vieira de Mello Filho, no CNJ.
Entre os encaminhamentos, ficou definido que a FENAJUD vai levar à reunião seu posicionamento em relação ao tema e vai buscar consenso quanto aos efeitos da resolução. Além disso, a Federação também vai pleitear uma vaga no Grupo de Trabalho do Conselho para representar as servidoras e os servidores, visto que é de fundamental importância que a categoria seja ouvida.
AMEAÇAS À DEMOCRACIA
Na primeira mesa, os participantes ouviram a análise de conjuntura feita pelo Dr. Florisvaldo Fier, conhecido também como Dr. Rosinha, médico, servidor público e político paranaense experiente no cenário social e político brasileiro. Em sua fala, fez um resgate histórico, citou as ações de 8 de janeiro e analisou como os grupos responsáveis pelo ataque passaram a investir contra instituições consolidadas e o Estado Democrático de Direito
Rosinha citou também o crescimento dos canais de comunicação desses grupos e o papel fundamental dos sindicatos para combater esse tipo de postura antidemocrática no país. “Temos que enfrentar a extrema direita que está inserida na sociedade. É preciso fazer um enfrentamento com características educacionais, culturais e com a participação das organizações da sociedade civil, e nisso entra a atuação dos sindicatos, que têm que debater política com suas bases e mostrar os efeitos negativos desse tipo de conduta”, concluiu.